A pesquisa reúne informações coletadas até 2017, o que significa que estes números já podem estar defasados.
A crise institucional, o corte nos programas sociais, o desemprego, que pulou de 5,6% para 12,3%, e a reforma trabalhista são as causas do aumento da extrema pobreza, aponta a empresa de consultoria LCA, responsável pelo levantamento feito a partir dos microdados da Pnad.
Segundo Cosmo Donato, da LCA, a ampliação do emprego sem garantias tem forte papel neste quadro. "No lugar desse emprego, o mercado de trabalho gerou ocupações informais, de baixa remuneração e ganho instável ao longo do tempo", afirma.
O estudo mostra que 55% dos brasileiros mais pobres estão na região nordeste. Em um ano e meio, 130 mil famílias do nordeste perderam o benefício do Bolsa Família com os cortes impostos pela atual gestão do governo federal que promoveu um "pente fino" e tirou da lista de beneficiários 5 milhões de pessoas.
Além disso, as mensalidade do programa não têm reajuste desde meados de 2016. Somente no ano passado, cerca de 800 mil nordestinos passaram a viver na pobreza extrema. O total de pessoas nesta condição hoje no país é de 14,8 milhões.
O crescimento da pobreza é um grande retrocesso para o país que viveu mais de dez anos de grandes avanços na área durante os governos de Lula e Dilma.
O critério de extrema pobreza adotado é do Banco Mundial para países de nível médio-alto de desenvolvimento, em que são considerados extremamente pobres pessoas que tinham renda domiciliar per capita inferior a R$ 136 por mês em 2017.
Portal CTB com informações do Valor Econômico
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